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Fantasias Eróticas

 

No mundo extremamente masculino, imagina-se que as mulheres não curtam pensar coisas sobre o macho ou, simplesmente, não tenham o direito de ter fantasias eróticas. Mesmo nos séculos passados, onde a repressão sexual imperava, a prática do sonho já era bastante comum.

 

De uns tempos para cá, com toda a liberação, esse fantasiar com o parceiro passou a ser encarado como normal e até declarado aos quatro cantos, em especial em revistas, em programas de televisão, no cinema e no teatro. A máxima de que somente eles podiam ter seus fetiches e apelar para objetos que levassem ao prazer caiu por terra.

 

O vouyerismo é uma das formas de realizar alguns prazeres e o mercado editorial não para de vender revistas de nus explícitos, não só aquelas que trazem as mulheres expostas, mas as de homens que mostram seus corpos para serem deliciosamente engolidos pelo olhar de mulheres e homossexuais. Os filmes pornôs são gêneros de igual agrado nos públicos de ambos os sexos.

 

Mas são nos objetos que se encontram as melhores formas de se realizar prazeres e colocar a imaginação para trabalhar. Bruna, depois de assistir a um programa de televisão, ficou com uma ideia na cabeça. Ela tinha um relacionamento que passava por uma fase de apatia e achava que tudo poderia ruir, caso não fizesse nada.

 

Começou por visitar uma loja de sex shop e apreciar o que poderia levar para transformar a sua vida sexual. Um pouco acanhada, observava os demais clientes e olhava os objetos expostos, alguns até sem entender para que serviam. Pediu orientação à atendente e comprou roupas sensuais, que nunca tinha usado.

 

Naquela noite, deixou o parceiro no quarto e foi ao banheiro para a estréia da novidade. Veio com ares de naturalidade, teatralmente marcados, a exibir o novo traje. Saltos altos e colares e brincos complementavam o figurino. Ele olhou sem muito entender, mas sentiu que se tratava de algo armado para seduzi-lo. Caiu no jogo e acabou por interferir, de forma que Bruna não imaginava. O resultado foi satisfatório.

 

No fim de semana seguinte, ele mesmo tomou iniciativa de buscar alguns fetiches e prová-los com Bruna. Ela adorou a idéia e a partir de então, tanto um quanto outro, passaram a mesclar seus atos sexuais com novidades, sempre inesperadas, até o sensual com ares de pureza, como flores e bilhetinhos declaratórios.

 

A partir do bom resultado auferido, Bruna passou a dar sugestões a amigas que apresentavam problemas de relações mornas e rotineiras e acabou por se tornar um tipo de orientadora sexual. Reuniões quinzenais eram realizadas em sua casa e as trocas de experiências eram sempre ricas e variadas. Os respectivos maridos, a princípio, ficaram um pouco assustados com as iniciativas, mas os resultados sempre acabavam sendo os melhores.

 

E a velha máxima se concretizava - entre quatro paredes tudo era possível, deixando de lado alguns pudores e preconceitos. A intimidade há que ser vivida com intensidade. Em tempos passados, Bruna nunca haveria de imaginar que se tornaria uma praticante e mestra nessa arte.

 

Ela agora sabia que valia a pena colocar um sabor mais temperado no banquete do amor!


Colaboração: Eunice Tomé
Jornalista, Mestre em Comunicação e Escritora
autora do livro "Pequenos Contos de Viagem"

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