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Hoje na idade adulta e após toda a experiência adquirida ao longo dos anos e dos vários relacionamentos, parece bobagem lembrar das primeiras sensações relacionadas à descoberta do sexo. Para cada pessoa esse alerta começa numa idade, dependendo claro das oportunidades e da ocasião.
Não raro esse descobrir do corpo e da vontade do contato com o outro ocorre na escola ou no meio familiar. As meninas começam a sentir as transformações na sua aparência e passam a olhar os meninos com outros olhos, que não somente aquele de um amiguinho de brincadeiras. Deixam de vê-los como chatos e passam a ser interessantes. Os meninos, com desejos mais aguçados, buscam uma proximidade mais física e começam a testar os seus limites e vontades.
Foi pensando nessas teorias da libido, que Carol voltou no tempo e passou por sua cabeça um filme dela atrás do sofá de sua casa, em um terraço, descobrindo o órgão sexual de seu primo Orlandinho. Eles tinham em torno de 10 a 12 anos e ele, por sua vez, deslumbrado com o que conseguia ver naquele momento tão fugaz, mas tão emocionante. Eles sabiam que faziam algo que seria repelido pelos pais, mas aquele momento ficaria marcado para sempre como sendo o primeiro desejo pelo sexo do outro.
Os primos são os primeiros parceiros em inúmeros casos, dada a proximidade e a confiança de se descobrir. Lógico que não houve penetração, pois nenhum dos dois tinha ainda atingido essa condição tão plena. Ele, porque sua ereção ainda era pequena. Ela, porque nem sabia direito como se fazia tal coisa. Mas o contato, o toque das mãos, o massagear dos órgãos fizeram com que descobrissem as sensações físicas mais gostosas e que preparavam para toda a vida.
Isso é como o primeiro beijo, tem uma pureza sexual. Para Carol, foi o passar de menina para mulher e a fez conhecer os pontos de prazer do seu corpo.
Colaboração: Eunice Tomé
Jornalista, Mestre em Comunicação e Escritora
autora do livro "Pequenos Contos de Viagem"
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