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Considera-se virgem a mulher que "conserva seu estado de pureza, está intacta, que ainda não teve cópula carnal". Por essa definição de Caudas Aulete, podemos perceber que ser virgem é apanágio feminino. Atualmente, este conceito vem se modificando e se estendendo a ambos os sexos. Embora possamos dizer que uma mulher perdeu a virgindade, o que indica que teve sua primeira relação sexual com ruptura do hímen, o mesmo não podemos dizer em relação ao homem. Em nossa sociedade, a primeira relação sexual masculina é um ganho. O homem não perde nada: ao contrário, ganha "status" de macho. Porém, a primeira relação sexual não pode ser comparada a um jogo, a um negócio, onde o final é o ganho ou a perda. O que deve ser valorizado é o sentimento, a afetividade.
Durante muito tempo, a importância da virgindade se prendeu ao interesse em evitar uma relação pré-matrimonial. Esse foi um modo de controlar a sexualidade feminina e garantir ao homem a legitimidade de seus descendentes, bem como de proteger seu patrimônio de herdeiros ilegítimos.
Com o surgimento dos anticoncepcionais, a preocupação masculina mudou de foco. Passou a ocorrer em função da insegurança do homem quanto a seu desempenho sexual, bem como do medo da comparação que a parceira pudesse fazer entre ele e outros homens com os quais tivesse se relacionado anteriormente.
Felizmente, a situação está mudando e a afetividade começa a prevalecer sobre os tabus e os preceitos anacrônicos. O homem, que ainda exige a virgindade da parceira como condição para uma ligação duradoura, não conseguiu se liberar dos valores impostos por uma sociedade autoritária. Não percebeu que amor é troca e não domínio e posse.
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