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O laço no cabelo vermelho,
reprodução de Lautrec,
mais parecia um espelho,
refletido no Malbec.
Mulheres em profusão,
coloridas e alegres,
faziam a prostituição
carregando seus alteres.
Sinais da velha Paris,
Moulin Rouge em sonhos,
onde tudo era matriz,
e cabarés risonhos.
Quem não viveu nesses tempos,
sabe de seu encanto.
Apesar da decadência,
tudo era puro canto.
No mundo do faz-de-conta,
a parisiense estava perto,
sendo mais uma rameira
e espartilho todo aberto.
A fumaça lançada no ar
em profusão disfarçava,
mas eu já estava a gozar
e nada me ameaçava.
Gritei, gritei pelos nomes.
Todos eram meus amantes
da vida, da boemia, das artes
e morri depois de instantes.
Colaboração: Eunice Tomé
Jornalista, Mestre em Comunicação e Escritora
autora do livro "Pequenos Contos de Viagem"
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