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Poucos estudos abordam o comportamento homossexual da mulher.
Embora ele sempre tenha existido, não teve o destaque e a importância que foram dados à homossexualidade masculina.
O lesbianismo, sinônimo de homossexualidade feminina, tem seu nome derivado da ilha grega de Lesbos, onde a prática era livremente conhecida e expressada de modo claro e inequívoco por Safo, uma poetisa respeitável nessa comunidade. Através de poemas e cantos, ela louvava ou relatava os seus sentimentos afetivos por pessoas de seu mesmo sexo. Naquela época e nos séculos que se seguiram, o lesbianismo convivia em conjunto ou em paralelo com as práticas heterossexuais. A cultura judaica não a condenava em seus livros de códigos e normas morais; apenas a ignorava por não ameaçar a estrutura social da época. De modo oposto, para a mesma cultura judaica, por necessidades estratégicas e econômicas, havia uma nítida condenação aos relacionamentos homossexuais masculinos, pelo "desperdício" do sêmen que tal prática determinava. O sêmen, aqui, tinha muito valor para o crescimento populacional (leia-se: homem-soldado, homem-obreiro, mulher-obreira e mulher-reprodutora). Só mais tarde, quando o cristianismo assumiu o papel de norteador dos preceitos morais, das condutas e dos comportamentos humanos, é que a homossexualidade feminina passou a ser condenada e associada à perversão e ao pecado, do mesmo modo que a masculina.
Nada mais é do que a orientação sexual da mulher por pessoa do mesmo sexo. Numa frase esclarecedora, sintética e brilhante, de um estudioso da sexualidade humana, "é a atração do feminino pelo feminino".
São múltiplas. Freud, Kaplan, Sadock entre outros estudiosos do comportamento humano, construíram suas próprias teorias para explicar os fatores causais. Dos conceitos deles, conclui-se que não existe apenas um fator determinante, pois vários aspectos sociais, familiares, psicológicos, genéticos e biológicos estão associados entre si e somados à vivência particular de cada indivíduo.
A figura folclórica da mulher homossexual com comportamento masculinizado não é o comum, aparecendo apenas numa fase experimental ou de auto-afirmação, pois o medo da discriminação reprime tal comportamento. As lésbicas exploram sua sexualidade de modo difuso, onde a pele e o toque adquirem grande importância. Toda a superfície corporal é erótica e erotizável, embora o gatilho orgásmico mais importante, à semelhança das heterossexuais, seja o clitóris. O orgasmo pode ser obtido por estímulos genitais ou em qualquer região do corpo. No relacionamento homossexual feminino, o prazer não está centrado na penetração vaginal, mas no contato dos corpos. O orgasmo não é tão importante nesses relacionamentos e, quando ocorre, é intenso e, às vezes, múltiplo.
Uma observação importante é que as lésbicas são menos propensas a trocar de parceiras do que os homossexuais masculinos.
A homossexualidade assusta a estrutura social em que vivemos, repleta de valores culturais e morais tão confusos, que chega a impedir ou dificultar a busca da felicidade sexual do indivíduo.
A orientação sexual não é uma escolha ou opção, mas a busca da felicidade, esta sim, deve ser uma escolha pessoal para o seu pleno existir.
É mais sábio e humano conhecer sem preconceito para poder compreender
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