Orientação > Orientação Sexual
A orientação sexual, seja ela hetero, homo ou bissexual é determinada por uma somatória de múltiplos fatores. É muito difícil compreender que, no início da gestação, o sexo do embrião é indeterminado; nesta fase é neutro. Quando entre o segundo e terceiro mês, as gônadas do embrião (testículos no embrião masculino e ovários no embrião feminino) começam a produzir seus hormonios, irão determinar diferenciações no broto genital, conduzindo suas modificações no sentido da aparência dos genitais de um ou de outro sexo. Portanto, a evolução dos genitais externos vai depender de uma mistura de hormonios masculinos e femininos e o broto genital, sob esta influência, é que irá sofrer a transformação. É muito difícil dizer, mas tudo leva a crer, que essa influência da mistura hormonal sobre os genitais se faz também sobre todo o sistema nervoso, determinando uma propensão cerebral para um, para outro ou para ambos os sexos em termos de atração e afeto, em termos de amor. Claro que os fatores educacionais podem influir nesta ou naquela direção da orientação sexual, mas se não existirem as condições basais predisponentes, as manifestações não se exteriorizarão. Pode uma criança de determinado sexo ser criada da maneira habitual à do sexo oposto. Durante muito tempo poderá apresentar gestos e modos do sexo em que foi criada, mas é no inicio da adolescência que as características e a orientação sexual irão sedimentar-se. De modo geral, seguirá seu determinismo cerebral, não importando muito a influência educacional. O indivíduo poderá ou não manifestar livremente sua sexualidade, dependendo dos fatores repressores da sociedade em que vive, de sua força de caráter e de personalidade. Ninguém escolhe ser homo, hétero ou bissexual...
Infelizmente, a sociedade ainda não assimilou completamente, embora tenha melhorado muito, o conceito de que o indivíduo é aquilo que é, com qualidades e defeitos, com características variadas e, desde que não agrida ou interfira nos limites dos outros e da sociedade, o que realmente importa é a felicidade dessa pessoa.
Os preconceitos sociais é que levam muitos homossexuais a apresentarem manifestações e gestos do sexo oposto, procurando com trejeitos caricatos imitar-lhe o comportamento para serem compreendidos pela sociedade, que reconhece apenas o dualismo primário, o preto e o branco, o certo e o errado, o macho e a fêmea. Com essa visão social, o macho só se relaciona com a fêmea e vice versa.
Por isso, eles procuram adotar o modelo do sexo oposto ao de seu sexo genital, na vã esperança da aceitação social, pois desse modo estão mais de acordo com o modelo heterossexual aceito como o único "normal". Pela dificuldade de serem aceitos pela sociedade e pela discriminação que sofrem, criam guetos de lésbicas e "gays" onde encontram, em pessoas com igual comportamento, a compreensão e o acolhimento que todo ser humano deseja e necessita. Os homossexuais masculinos e femininos são diferentes dos heterossexuais apenas em sua preferência afetiva. Sua identidade psicológica e seu papel na sociedade são, via de regra, coerentes com seu sexo biológico.
Agradecimento à Educadora Sexual Maria Isolina Rodrigues pela excelente Monografia: "HOMOSSEXUALIDADE - Uma visão biopsícossocial" na qual nos baseamos muito para elaboração desta matéria.
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