Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

Orientação > Relacionamento Afetivo-Sexual

 

Para viver um Grande Amor

 

O Sonho

Para viver um grande amor é preciso, antes de tudo, sonhar.

 

Um sutil sinal. Uma possibilidade. Um talvez ou até uma promessa. Sem palavras. Absolutamente sem palavras. Apenas a insinuação. É o "toque" sem toque; é o dizer sem falar. A imaginação voa livre, sem fronteiras. Um devaneio que entorpece e aquece lentamente despertando todo o ser. O pensamento fervilha; o coração acelera; o desejo surge forte e ardente na busca do prazer com o ser amado. O momento é de expectativa; instante tão ansiosamente esperado do encontro. O cenário é construído com acréscimos e substituições que proporcionem o melhor efeito. São ensaiados antecipadamente, na fantasia, os gestos, as situações, as carícias que vão lentamente envolvendo a mente e o corpo numa ansiedade gostosa que prenuncia a explosão do prazer. Parece que o tempo não passa. A sensação se assemelha à da criança na expectativa do dia do aniversário e do presente tão longamente esperado. A excitação vai surgindo num crescente, deixando à mostra as marcas espraiadas em todo o corpo.


A Construção

Para viver um grande amor é preciso construir. Não pode iniciar num súbito reflexo de excitação. O grande amor é sonhado, curtido, cultivado, admirado, esperado e muito amado. A espera faz o amor alcançar a maturidade das uvas sazonadas e dos vinhos amadurecidos. O tempo é o elemento indispensável para se ter um grande amor. As parreiras têm que ser plantadas e nutridas. Só então darão as frutas que se transformarão no vinho adocicado e inebriante. Não é possível deixar crescer o desejo e colher os frutos de um grande amor se não for antes sonhado, cuidado, observado e admirado em seu desenvolvimento. Deixar os galhos da videira crescerem e elevarem-se à procura do calor e da luz do sol. É assim que deve ser a preparação para o grande amor. O tempo faz a diferença; o tempo cria a expectativa e faz circular o desejo como circula a seiva. Vigiar para impedir que a indiferença deixe brotar parasitas que esgotarão o viço do amor. O amor não é feito só de colheitas, mas de cuidados, de carinhos, de atenção. O alisar das mãos dos amantes, muito tempo antes de colher o fruto, é o grande segredo de alcançar um grande amor. O acarinhar, o antever o sabor, o mordiscar das pequenas folhas, antegozando o prazer do fruto, faz crescer toda a emoção necessária para viver um grande amor. Não pode haver pressa. Cada centímetro do corpo da pessoa amada deve ser esquadrinhado, tocado, percebido, sentido, provado, apreciado e principalmente amado. Não pode haver um grande amor sem uma grande observação. Não observação mecânica, mas observação impregnada de emoção. Todos os sentidos devem estar despertos.

 

Ouvir a pessoa amada é ter percepção musical. É sentir na sua voz as tonalidades melodiosas. Música, aqui, é percepção de sentimento.

 

O olfato é o mais primitivo dos sentidos e, por ser primitivo, mais profundamente arraigado em nosso inconsciente. Sendo primitivo, é mais experiente no saber e no despertar do grande amor. O odor deve ser quase imperceptível, mas só quase. É fundamental que exista, pois o perfume do amor e a sua própria procura fazem a diferença.

 

O paladar da polpa dos lábios, saboreado em um beijo, e o sabor da pele fazem surgir um devaneio. Olfato e paladar se completam.

 

Não pode existir um grande amor sem eles.

 

O tato deve ser lento, sutil e deslizante. Não admite movimentos bruscos. É um doce navegar sobre a superfície lisa de um lago. Deixa, além do prazer de deslizar, a marca do prazer de ser navegado. A superfície do corpo deve ser percorrida em todas as suas reentrâncias e saliências, doce e delicadamente. Percorrer com os dedos e lábios as reentrâncias, mas principalmente as saliências. É das saliências dos picos das montanhas que se pode sentir a beleza do sol nascente, o prazer do seu calor e da sua luz que penetra todo o ser, revelando a verdadeira claridade do sentir e do perceber.

 

E assim se constrói o grande amor...


Lição do Mestre

"Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva obscura e desvairada não se souber achar a bem amada - para viver um grande amor." Vinícius de Moraes

Home | Notícias | Quem Somos | Orientação | Leituras | Perguntas e Respostas | Contato

 

Portal SexSaúde© • 55 (13) 3284-9610 • eliana@sexsaude.com.br