Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

Orientação > Sexualidade nas Situações Especiais

 

Lesão Medular

 

Lesão medular - um mal que vem aumentando assustadoramente neste mundo atual, principalmente entre nossos jovens. Na sua origem, a velocidade e a violência. À medida que a tecnologia capacita os meios de locomoção a desenvolverem maior velocidade, cresce o risco dos acidentes. Quando não são fatais, podem deixar sequelas como as lesões da medula espinhal. A agressividade crescente e sem controle dos dias de hoje, expressa através do uso cada vez mais comum de armas brancas ou de fogo, ou até de lutas marciais realizadas por pessoas despreparadas, desconhecedoras da filosofia das artes marciais, é outra causa frequente de lesões medulares. A medula espinhal é um verdadeiro feixe de cabos condutores que faz a ligação do cérebro com o restante do corpo.

 

Desses cabos saem nervos, verdadeiros fios que levam ordem para órgãos ou regiões. Esse feixe nervoso, a medula espinhal, por sua vez, também tem a capacidade de determinar algum tipo de resposta motora, independente de ordem cerebral. Chamamos a isso de mecanismo reflexo. A associação de lesão medular com incapacidade, limitação, deficiência e inferioridade surge de imediato em nosso pensamento.No aspecto sexual, para o homem, a "profecia" é a que "sua carreira está encerrada". A dedução imediata é que ele não terá mais ereção, ejaculação e orgasmo. A situação nem sempre é tão drástica ou desanimadora. A Resposta Sexual Humana é dependente da combinação das funções hormonais, vasculares e neurológicas. Hormônios em níveis adequados, nervos funcionando de tal modo que permitam maior achega sanguínea através dos vasos aos genitais e... pronto: ereção, ejaculação e orgasmo. Do ponto de vista neurológico, por exemplo, existem dois mecanismos para a ereção: o reflexo e o psicogênico. No primeiro, a resposta sexual acontece por estímulo local, táctil ou térmico. O outro depende do estímulo chegar do cérebro ao local e voltar ao cérebro. Essa ereção tem origem em alguns núcleos existentes no cérebro ativados por estímulos olfativos, visuais, auditivos, etc.

 

Desses núcleos partem estímulos, que alcançam regiões da medula espinhal responsáveis por ordens motoras aos vasos do pênis, determinando a ereção. É, pois, o tipo de ereção causada, por exemplo, por uma fantasia sexual, uma lembrança ou qualquer outro estímulo no qual não haja manipulação direta dos genitais. Considerando que as lesões da medula comprometem a parte motora e a sensitiva, o prejuízo para a sexualidade vai depender da extensão e do nível dessa lesão, mas também das medicações e das cirurgias realizadas. Podemos dizer que as lesões medulares mais altas, aquelas que determinam tetraplegia, são menos danosas, ou seja, têm menos efeitos deletérios sobre a ereção do que as lesões responsáveis pela paraplegia. Quanto à ejaculação, em função da complexidade do seu mecanismo, é mais facilmente comprometida.

 

O orgasmo merece algumas considerações. É idéia geral que ele é uma resposta localizada e expressa através de contrações miotônicas dos genitais. Porém, o orgasmo é muito mais do que simplesmente músculos que se contraem involuntariamente. É algo que se espraia por todo o corpo, aumentando a pressão arterial e os batimentos cardíacos, ruborizando a pele, tornando a respiração ofegante, tudo isso somado à sensação prazerosa de integração e plenitude com o ser amado. É sempre bom lembrar: órgãos genitais sadios não são garantia para obtenção do orgasmo, assim como uma lesão não determina necessariamente a sua ausência. Por isso, o orgasmo é possível mesmo quando há lesão medular. É claro que ele terá de ser construído e isso envolve uma reaprendizagem - uma redescoberta - uma pesquisa de novas sensações corporais. É um recomeço. Outros valores, outros significados. Uma reestruturação dando um sentido para sua nova vida.

Home | Notícias | Quem Somos | Orientação | Leituras | Perguntas e Respostas | Contato

 

Portal SexSaúde© • 55 (13) 3284-9610 • eliana@sexsaude.com.br